quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Com emoção

Maurine, que perdeu o pai no domingo, fez o gol que levou o Brasil à final. FOTO: Reuters

Ontem, o Brasil conquistou a primeira vaga desse ano para final do futebol feminino no Pan. Qual a novidade nisso? Nenhuma, claro. O adversário foi o México e a vitória foi por um gol, da Maurine. Novamente, qual a novidade? Que o Brasil ganha tranquilo nessa competição, todo mundo sabe. E que a Maurine faz gol, todo mundo também sabe. Mas esse teve um significado especial.

No domingo, a ala perdeu seu pai. Pensou em voltar para casa, mas foi convencida por sua mãe a ficar na competição. Ela a lembrou que Brasil (nome do pai) havia pedido que ela trouxesse uma medalha para o... Brasil.

Não assisti o jogo inteiro porque eu estava trabalhando, e quando cheguei ele já estava no segundo tempo, e ainda foi interrompido para mostrar a vitória da ginástica e do atletismo. Somente no final do confronto foi que ela marcou. Nesse momento, eu estava editando meu trabalho de rádio, com a TV no mudo, mas quando vi que foi a Maurine quem havia acertado o fundo da rede, tive que dar um brake e colocar o som de volta na tela.

Realmente foi emocionante, ela mereceu!

Lado ruim.

A Record foi apelativa DEMAIS com a situação que ela está passando. Para mim, foi além do jornalismo e chegou a ser falta de respeito. De alguma maneira, queriam que ela chorasse na frente das câmeras. Em contrapartida, achei muito nobre a atitude do Romário, que quando viu que ela estava se esforçando para falar entre as lágrimas, a interrompeu, abraçou e tomou a liderança.


ps.: Gol com marca santista. Maurine joga na equipe feminina do Santos.

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